terça-feira, 23 de março de 2010

... soltanto pioggia!

Apesar de já há umas duas (ou três?) semanas não apanhar chuva, continuo com a Vespa ensopada, ao ponto de espremer o banco e da esponja continuar a sair água.

Noite após noite, quando a Vespa repousa finalmente na garagem, deixo o banco aberto para que a água escorra para a extremidade do banco e, manhã após manhã, espremo-o para retirar o excesso de água.

Numa destas sessões, resolvi experimentar fotos da Vespa, de ângulos estranhos. Eis o resultado, em baixo (onde se pode ver muita sujidade, originada pela circulação no dia-a-dia e, por ela mesma também, a chuva)...

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Até hoje, ainda sai!

sábado, 6 de março de 2010

Viagem molhada, viagem abençoada

(ou o Passeio à Serra da Estrela do Vespa Clube de Lisboa, edição de 2010)

Este ano estive quase vai não vai. Acabei por optar pelo vai e fui. Confesso que este tempo de chuva, muita chuva, demasiada, chuva, me esteve quase a embrulhar num fim de semana caseiro, rotineiro, em frente à televisão, de mantinha pelas pernas, a ver programas desinteressantes e a pensar nos malucos que tinham ido com este tempo para a Serra da Estrela, de Vespa. Apesar do alerta amarelo, apesar da chuva, apesar de tudo.

VCL @Penhas da Saúde
Alerta amarelo e ventos fortes = Vespas na "garagem" da pousada
Juntei-me a eles, quis ser como eles; doido ao olhos do mundo que não percebe que de Vespa, não chegam os dias do dia-a-dia, nem as estradas, nem nada e que, o fim do mundo afigura-se perto, quando sentimos o formigueiro de mais uma viagem, de rever amigos, de partilhar momentos imperdíveis. Não há chuva que nos impeça, nem frio que nos demova! E não me arrependi. Muito...

A chuva ininterrupta que apanhamos desde Lisboa até às Penhas da Saúde, de noite, depois de mais um dia de uma semana inteira de trabalho, acho que me fez pensar em avariar a Vespa e chamar a assistência em viagem, no Domingo, à volta para Lisboa. Mas resisti a tal pensamento macabro. A alegria e calor humano extremo sentido na recepção com palmas com que nos brindaram à entrada na pousada, ajudaram e derem alento e força: depois de cerca de 5 horas em cima da Vespa a levar com chuva, primeiro e depois chuva e frio, chegar gelado e ser saudado desta forma, soube pela vida!

O resto da sexta-feira foi passado na conversa. Conversa mais um bocadinho, pouco que o cansaço aperta e o sono obriga a recolhimento, descanso e clama pelo quentinho dos cobertores. Sexta-feira is over.

Como o tempo no Sábado não nos deu o gosto de melhorar e, adivinharam, esteve todo o dia a chover, teve que se alugar um autocarro, tipo excursão, à pressa (e com muita sorte de se ter conseguido tão em cima) onde todos fomos reapreciar e comprovar as delícias e pançadas gastronómicas proporcionadas pelo nosso querido “O Albertino”, em Folgosinho. Pelo meio e como o autocarro era demais só para nós, ainda demos um charme vespista para cima de uns (e umas) ocupantes da Pousada das Penhas da Saúde que nos acompanharam e racharam despesas de aluguer. Curtiram, acho eu, nós também e isso é que se quer. E depois ainda nevou!

Ainda no autocarro, já no regresso à pousada, um interessante diálogo com alguém que se apoderou do microfone do veículo e que a cada segundo nos informava que estava a nevar. Alguém replicava que era chuva e assim foi desde a Covilhã até às Penhas da Saúde. E não é que nevava mesmo! Primeiro pouco, depois mais e já de noite ainda deu para escorregar em sacos de plástico e guerrear pacificamente com bolas de neve feitas à pressa que a guerra não perdoa e há que replicar a todo o custo.

Que me lembro mais do Sábado? Dormiu-se à lareira, conversou-se à lareira, percebeu-se o funcionamento dos recuperadores de calor, fez-se muito calor com a lareira, enxugou-se sapatos, roupa, luvas, derreteu-se botas (eu avisei!), comeu-se uma sopa quentinha e boa, bebeu-se vinho, com gasosa ou só vinho, comeu-se, conversou-se e acabou a noite. Achei que cedo demais, mas acabou.

(perto de) Monsanto(perto de) Monsanto
O regresso, no Domingo, foi feito, via Monsanto. Mas antes ainda tivemos tempo para experimentar andar de Vespa sobre a neve e o gelo que tinham caído. Da pousada, até à estrada Covilhã – Torre. Foi pouco mas deu para sentir o que é escorregar... Deu também para tirar umas deliciosas fotos tendenciosas que nos colocam no meio de uma qualquer altura em que aquela estrada ficou cortada pelos nevões.

Das Penhas da Saúde a Monsanto, fomos poupados e o sol até espreitou a espaços. De Monsanto a Lisboa, fomos regados e nada mais a não ser chuva. E que grande cargas!

Fiquei contente com o meu "novo" fato de chuva e as galochas pelo bom trabalho na retenção da chuva e por me terem permitido chegar, a ambos os destinos, quase seco. Desejaria mais quentinho, mas nem com os collants, calças e fato de treino, três pares de meias, 2 t-shirts, camisa, camisola, casaco de lã e casaco de mota, mais fato de chuva por cima de tudo isto, me senti muito confortável, termicamente falando.

E, no final, foi mais uma que adorei!

Fotos aqui, aqui, aqui e por aí...