quinta-feira, 24 de setembro de 2015

Os pré-parativos - From Lisbon to Croatia - posta 2

Começa a ser hábito as viagens começarem mais ou menos. É assim mesmo mais ou menos. Começam por uma conversa de que seria engraçado, a coisa fica em hibernação e de repente retorna, cresce, de intenção passa a palpitação, começam-se a delinear coisas, a ter ideias... E, esta não foi excepção.

Desde que soube que o Vespa World Days (VWD) em 2015 ia ser na Croácia que comecei a tentar desencaminhar - que convencer nunca é preciso para viagens de Vespa - alguns dos suspeitos do costume e que em 2010 já me tinham acompanhado até aos Balcãs, noutras motos e que tentámos relatar, sem grande sucesso ou empenho, no blog que fizemos na altura: http://sigaparaosbalcas.blogspot.pt/.

E começam a surgir os primeiros... senões: ah repetir o destino, ah mas era fixe ir de Vespa, ah mas de Vespa é lixado, demora-se muito mais... ah que se lixe!


Nós, numa espécie de apresentação oficial, na Prova do Litro 2015.
C'a cenário... ;)
O Pedro “42” Ferreira não conseguiu, o Manel “Mago” das Vespas alinhou e juntámos as nossas às vontades do Rui “Gadgets” Simões e do Tiago “Kes” Soares. E a coisa foi crescendo, muito por empenho do Kes que criou um nome, From Lisbon to Croatia e lhe deu também um sabor internacional. Criou uma página no Facebook (que está disponível através do http://www.facebook.com/lisbontocroatia/), pediu patrocínios, divulgou em páginas, grupos, vespa clubes e outras, etc. E não posso esquecer, por justiça, o Gadgets que foi o responsável pela maior parte dos conteúdos multimédia teaser que entretanto foram criados antes da viagem.

O Mago (e o 42) já tinha ido até Itália em 2006, ao Eurovespa em Turim mas os restantes nunca tinham saído de Espanha de Vespa, percurso que se tornou anual numa das obrigatórias idas às Vespaniadas. Mais um novo desafio, mais uma nova fronteira que todos queríamos quebrar. E claro que rolar de Vespa na terra natal da Vespa, ir mais além, tudo isso, como se fosse ainda preciso, nos incentivou mais em empreender esta viagem.

O resto foi mais ou menos como já estamos habituados; ainda falta tanto tempo e agora já não falta tempo quase nenhum e ainda tenho que arrumar isto, reparar aquilo, rever não sei o quê.

E foi mais ou menos assim que começou a aventura. Num repent!

E, quando demos por nós, estávamos no dia da partida, o primeiro. O primeiro da viagem, o primeiro dos dois que precisaríamos para atravessar Espanha, mas isso contaremos no próximo post, num ciclo de histórias mensal em que partilharemos o dia-a-dia desta viagem. Isto se entretanto não suceder de outra maneira...

quinta-feira, 17 de setembro de 2015

A idade não perdoa - main actor down




Fica para a posteridade a quilometragem alcançada pelo mesmo motor, original, sem qualquer intervenção de maior que justificasse a abertura do mesmo. E não, não são trinta e cinco mil e mais trocos, são cento e trinta e cinco mil novecentos e quinze (135915).

Mudaram-se quatro embraiagens - a última das quais devido à participação no Lisbon to Croatia em que já se ouvia um barulhinho - foram necessárias três rectificações, uma touca de cilindro, uma bobine de altas, um pickup, uma ficha eléctrica que derreteu e mais nada.

E não, nunca não parou! O barulho que saía do motor é que já me afligia bastante e encontrou-se, para já, um desgaste no olhal superior da biela que ficou com um engraçado padrão tipo escada. E já se sabe que os rolamentos não gostam de rodar em locais que não sejam perfeitamente redondos.

Ora, se a biela tem que sair fora, a cambota vem atrás e coiso... motor aberto!