Vespa «NOS» ou cem mil já cá estão
Podia começar este texto por escrever vendo Vespa PX 200 de 2003 NOS (new old stock) e colocar uma foto corrente do conta quilometros com os cento e tal quilómetros que já lá contam neste momento ou esperar por que marcase novamente mil e qualquer coisa para ser mais credível...
Ou podia, em mais um texto gabarolas, vir enaltecer isto e aquilo e que a minha Vespa fez e aconteceu e comparar com isto aquilo e o outro e...
É mais simples do que isso.
Nos instantes em que vi o 99999|9 do conta quilómetros da PX a mudar lentamente (porque ia devagar para tirar a foto) para o 00000|0, que nunca tinha visto porque quando a comprei já marcava 00002|5, foi à filme: um flashback dos sítios por onde passei / passamos nesses quilómetros todos, de alguns momentos, de muitas pessoas...
Do primeiro vislumbre na montra do stand e do baque certeiro no peito: "é esta"!
Do primeiro abastecimento na Bomba da Repsol de Azeitão, da deixar na garagem e de encerrar a custo o portão e vê-la brilhante e com papeis protectores nos dizeres "Vespa", "PX200" e "Piaggio".
Da primeira viagem, a de rodagem: Coruche, Ponte de Sôr, Gavião, Vila de Rei, Sertã, Pampilhosa da Serra, Castelo Branco, Fratel...
Dos tempos em que a PX ainda não tinha folgas e eu cabelos brancos.
Do adoptá-la finalmente como veículo do dia-a-dia, depois de uns anos em que praticamente não andava porque era nova e não a queria "estragar".
Da primeira ida à Vespaniada e das Vespaniadas seguintes e longe, cada vez mais longe em Espanha até culminar em Valênica, estava feita a travessia de Espanha lés-a-lés!
Dos passeios "sem destino" de verão.
Das fugas à Costa Alenteja.
Das viagens míticas à Serra da Estrela, com frio, neve, vento e chuva a rodos.
Dos Iberovespas, obrigatórios.
Dos percursos intermináveis e repetitivos do dia-a-dia e onde de certeza mais quilómetros passámos.
Do primeiro gripanso...
De todas as boas pessoas, locais magnificos e momento únicos que se me porpocionaram ao andar de Vespa por aí.
E de tudo o que me esqueço agora e que de certeza é muito mais do que tudo isto e com certeza também não menos importantes e marcantes, mas já cronológicamente difusos nas lembranças.
E é por isso que as Vespas, algumas Vespas não têm preço. Não são um veículo, são um universo! De coisas, de acontecimentos, de pessoas, de memórias. Parte de nós. Crescemos juntos. Ela sou eu e eu ela, não fazemos sentido separados. Esta Vespa nunca existiria sem mim e este Pedro nunca seria o mesmo sem esta Vespa. Certo, se o estão a pensar, acertaram: é um casamento, até que a morte nos separe, sim!
Espero que a PX tenha disfrutado tanto quanto eu e que o passar dos números do conta quilómetros não tenham sido de mero cansaço mas sim de puro prazer. Tenho certeza que ela sabe, como eu sei e vocês sabem, que isto ainda agora começou!
Ou podia, em mais um texto gabarolas, vir enaltecer isto e aquilo e que a minha Vespa fez e aconteceu e comparar com isto aquilo e o outro e...
É mais simples do que isso.
Nos instantes em que vi o 99999|9 do conta quilómetros da PX a mudar lentamente (porque ia devagar para tirar a foto) para o 00000|0, que nunca tinha visto porque quando a comprei já marcava 00002|5, foi à filme: um flashback dos sítios por onde passei / passamos nesses quilómetros todos, de alguns momentos, de muitas pessoas...
Do primeiro vislumbre na montra do stand e do baque certeiro no peito: "é esta"!
Do primeiro abastecimento na Bomba da Repsol de Azeitão, da deixar na garagem e de encerrar a custo o portão e vê-la brilhante e com papeis protectores nos dizeres "Vespa", "PX200" e "Piaggio".
Da primeira viagem, a de rodagem: Coruche, Ponte de Sôr, Gavião, Vila de Rei, Sertã, Pampilhosa da Serra, Castelo Branco, Fratel...
Dos tempos em que a PX ainda não tinha folgas e eu cabelos brancos.
Do adoptá-la finalmente como veículo do dia-a-dia, depois de uns anos em que praticamente não andava porque era nova e não a queria "estragar".
Da primeira ida à Vespaniada e das Vespaniadas seguintes e longe, cada vez mais longe em Espanha até culminar em Valênica, estava feita a travessia de Espanha lés-a-lés!
Dos passeios "sem destino" de verão.
Das fugas à Costa Alenteja.
Das viagens míticas à Serra da Estrela, com frio, neve, vento e chuva a rodos.
Dos Iberovespas, obrigatórios.
Dos percursos intermináveis e repetitivos do dia-a-dia e onde de certeza mais quilómetros passámos.
Do primeiro gripanso...
De todas as boas pessoas, locais magnificos e momento únicos que se me porpocionaram ao andar de Vespa por aí.
E de tudo o que me esqueço agora e que de certeza é muito mais do que tudo isto e com certeza também não menos importantes e marcantes, mas já cronológicamente difusos nas lembranças.
E é por isso que as Vespas, algumas Vespas não têm preço. Não são um veículo, são um universo! De coisas, de acontecimentos, de pessoas, de memórias. Parte de nós. Crescemos juntos. Ela sou eu e eu ela, não fazemos sentido separados. Esta Vespa nunca existiria sem mim e este Pedro nunca seria o mesmo sem esta Vespa. Certo, se o estão a pensar, acertaram: é um casamento, até que a morte nos separe, sim!
Espero que a PX tenha disfrutado tanto quanto eu e que o passar dos números do conta quilómetros não tenham sido de mero cansaço mas sim de puro prazer. Tenho certeza que ela sabe, como eu sei e vocês sabem, que isto ainda agora começou!