segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

1994, 24 de Junho, acesso Sul - Norte à Ponte 25 de Abril - ainda tinham dúvidas que as Vespas estão em todo o lado?


Estávamos em 1994. Dia 24 de Junho. As portagens na Ponte 25 de Abril aumentavam de 100 para 150 escudos, para os veículos ligeiros. 720 escudos para camiões. Os dias passavam e as reinvindicações dos utentes - para reduzir o brutal aumento - não eram escutadas. Os camionistas, fartos de serem ignorados, bloquearam o acesso Sul - Norte. O acesso Norte - Sul também foi bloqueado por condutores solidários com a luta. Um longo dia.

E, na frente do bloqueio Sul - Norte, lá estava uma Vespa (azul. Aqui a cores, tirada de uma vídeo da época).

Era engraçado conseguir-se identificar esta Vespa e ver por onde anda na actualidade.

Será que ainda está com o mesmo dono?

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016

Dia de ferry e um pouco mais - From Lisbon to Croatia - posta 6

Este foi um dia sem grande história. Foi passado praticamente todo no ferry de ligação entre Espanha - Barcelona e Itália - Savona. E no ferry não se passa grande coisa. Aproveitámos o tempo para fazer uns vídeos e tratar umas fotos do que já tínhamos feito até agora de viagem. E o tempo lá foi passando até colocarmos de novo os pés em terra, em Itália.

From Lisbon to Croatia - dia 4 - Barcelona - Savona
Ainda no dia anterior, na chegada ao ferry, brindámos!
From Lisbon to Croatia - dia 4 - Barcelona - Savona
No ferry... céu, mar e pouco mais...

O percurso que tínhamos que fazer, depois do desembarque, era curto. De Savona a Varazze foram uns 25 quilómetros, sempre à beira do mediterrâneo.

Chegados, fomos beber uma para celebrar a chegada a Itália. Um bar que nos serviu com as cervejas umas pizzas e um pão com qualquer coisa que no fim percebemos ser oferta (havemos de voltar a este bar). Aaaah, relaaaaaxxxxx...

Voltámos às Vespas para descobrir o apartamento e mais uma vez com o auxílio precioso do MeoDrive, lá descobrimos o caminho. Raio que aquilo era a subir!!!

Mas valeu a pena. A casa, além de enorme, tinha uma vista magnifica para a baía de Varazze com uma enorme varanda onde só apetecia sentar e... não fazer coisa alguma! Grande surpresa, grande reserva de última hora.

From Lisbon to Croatia - dia 4 - Varazze
Esta vista... f - a - n - t - á - s - t - i - c - a ! ! !

Varazze era uma estância balnear "estranha" aos nossos olhos, naquele momento. Porque, apesar de ter uma extensão de areia considerável, quase não se conseguia vê-la do passeio marginal. Percebemos depois que é "normal" existirem praias concessionadas - também as temos por cá, em Portugal - mas ali ocupavam a totalidade do areal e barravam mesmo o acesso a quem não fosse um utilizador pagador. Conseguimos depois ver duas ou três entradas, sendo que uma delas era um molhe de onde vimos um pôr-do-sol fabuloso; Varazze é estranho e bonito!

Sem grandes exigências deambulámos pelas ruas. Estava a aproximar-se a hora do jantar e não tínhamos qualquer referência, sugestão ou conhecimento. Metemo-nos pela parte antiga, com ruas estreitas e casas tipicamente italianas e deparámos com uma procissão. Metia padre e seus ajudantes, porta estandartes, banda, escuteiros e os fiéis atrás disto tudo. Se não estivessem com canticos em italiano, poderiam perfeitamente serem fies portugueses...

From Lisbon to Croatia - dia 4 - Varazze
Panorâmica de Varazze ao pôr-do-sol.

Talvez por esta paragem forçada acabámos por descobrir um pátio com um restaurante fabuloso, com pratos tipicamente italianos e, razão principal, onde estava um enorme grupo de locais, com a simpatia e o trato que é devida sempre que temos ido a Itália. Meter conversa, somos de Portugal, vamos para Croácia, de Vespa, ó que fixe e pronto, está feito, somos aceites como locais e tratados como tal. É isto que procuramos e quando o conseguimos... é aquele misto de sensação de querer ir e ficar ao mesmo tempo. Percebem?

From Lisbon to Croatia - dia 4 - Varazze
Ao jantar...

Brindámos a quem não pode vir - ao Ferreira! - comemos coisas que não sabíamos bem o que eram antes de vir para a mesa, por muito esforço na tentativa de explicação e ficámos muito satisfeitos. De comida e de bebida.

Deambulámos novamente até casa, com a satisfação da pança reconfortada da boa comida e a cabeça alegre do bom vinho. Amanhã continuávamos a descer Itália pela costa, atravessando outro objectivo psicológico da viagem: conhecer o parque de Cinque Terre.