terça-feira, 29 de dezembro de 2015
segunda-feira, 21 de dezembro de 2015
Atravessámos Espanha! - From Lisbon to Croatia - posta 4
E partimos de Guadalajara. Era cedo. Oito da manhã é cedo para quem chega à uma e trinta da madrugada e ainda tem que descarregar as Vespas, jantar...
Tomámos o pequeno-almoço, com o sol a fazer franzir o sobrolho ensonado, na mesma rua onde tínhamos jantado. No único estabelecimento aberto, ou melhor, que estava a abrir quando lá chegámos. E lá nos fizemos ao caminho.
A estrada continuava monótona e escaldante. Não apetecia nem luvas nem casaco e as viseiras seguiam abertas para sentir o ar. Os casacos pouco apertados, no limiar de ser apenas o necessário para os prender a nós. Por muita falta de vontade que tínhamos de os levar vestidos, a segurança falou mais alto!
E quilómetros e mais quilómetros de calor e abastecimentos mais ou menos regulares foram-se sucedendo e nem a estrada dos duros nos animou!
É assim chamado o troço da N-11 quando a A-2 (gratuita) passa a AP-2 (paga), perto de Saragoça, o que leva a que muitos condutores, principalmente de pesados e outros veículos lentos, se desviem para esta, para continuarem o percurso sem pagar. Mais à frente, cerca de 123 quilómetros depois de uma paisagem lunar, árida e seca, praticamente sem cruzar localidades, a N-11 encontra novamente a A-2, perto de Fraga.
Como já tínhamos passado por aqui noutras viagens e apanhámos uma fila contínua de pesados, pensámos que iriamos encontrar mais ou menos este cenário, sentindo-nos ainda mais pequenos do que já nos sentíamos ao circular naquelas estradas rectas, entre intermináveis planícies tórridas, a perder de vista. Mas, apesar do movimento ser bastante elevado, conseguimos quase sempre ultrapassagens seguras e ponderadas e continuar o nosso caminho por entre olhares admirados e sinais sonoros de regozijo, dos camionistas. Também eles, ao verem-nos passar, estavam a interromper a sua monotonia.
Chegados novamente à A-2 praticamente nos sentíamos em Barcelona, apesar dos ainda cerca de 200 quilómetros a percorrer.
E a Barcelona chegámos na hora de ponta de uma sexta-feira; mega caos! À medida que nos aproximávamos, íamos sentido mais o aumento de tráfego até que o tráfego se transformou em filas de trânsito compactas e tivemos que passar das faixas para o meio das mesmas, serpenteando, como os locais conduzindo maioritáriamente scooters, com as nossas Vespas pelo meio das filas de carros.
Sem saber muito bem onde era exactamente o local que tínhamos agendado pelo airbnb, num plano de contingencia porque à última da hora a anterior reserva que tinhamos feito, cancelou, optámos por seguir para a Avenida Diagonal e encostar numa sombra. No pára arranca e no circular a velocidades mais reduzidas ainda se sentia mais o calor sufocante e, nós e as Vespas, já precisávamos de uma pausa para repor a temperatura o mais baixo possível.
Com a ajuda do MeoDrive - um simpático patrocínio da Meo que muito nos auxiliou nesta viagem e que teremos oportunidade de falar ao longo deste relatos mais pormenorizadamente - lá chegámos ao destino. Uma zona de Barcelona repleta de imigrantes.
Telefonamos para o contacto a lá nos apareceu um emigrante que praticamente não falava Espanhol. Línguas estrangeiras só Francês aparentemente. Alguns gestos, poucas palavras e vários acenos de cabeça depois lá nos fizemos entender. Era para esperarmos que já lá vinha alguém...
Lá chegou o "chefe" e com este já nos conseguimos entender. Dois de nós foram ver o apartamento, num prédio cheio de imigrantes do magrebinos, chineses, indianos, com pequenos apartamentos feitos da divisão de uma área maior, num andar elevado e sem elevador. Ao entrarem encontraram quatro pessoas descontraidamente a ver televisão e a comer amendoins, cascas pelo chão, deitados em cima das camas. Descalços, claro, um bom costume muçulmano. Percebemos serem conhecidos "do chefe" que os mandou sair. Saíram e levaram a televisão. E "o chefe" achou que estava tudo em condições, entregou-nos a chave e fez tenções de ir embora. "Oh chefe e acha que isto está em condições?" Camas desarrumadas e cascas pelo chão?
Woooouuuh wooouuh! Já deixámos Espanha para trás.
Desceram e "o chefe" foi falar com o primeiro emigrante que ficou de ter tudo limpo e mudado dali a uma hora. E os de nós que tinham ido ver o apartamento, contaram aos que ficaram o que se passava. Rimos todos, afinal o barato tinha que ter algo. Mas para nós, depois de limpo e camas mudadas, ficou perfeito!
E concordamos todos, enquanto esperávamos pela limpeza, ir para um tasco, também ele de um emigrante, mesmo em frente do prédio que nos iria acolher, beber umas jolas geladinhas. Espanha estava passada, brindámos a isso!
A noite foi gasta a andar sem destino ou sentido definidos por Barcelona. Amanhã teríamos o dia todo livre – o ferry para Savona era só às 23:55 – e não valia a pena avançar muito pela noite dentro para visitarmos alguns sítios icónicos desta cidade. Ainda assim não conseguimos recolher muito cedo. Afinal quase todos nós só tínhamos estado em Barcelona de passagem e Barcelona é Barcelona.
O "condomínio" de imigrantes estava calmo à nossa chegada...
Foi este sensívelmente o nosso percurso no segundo dia de viagem.
Cerca de 550 Km percorridos.
Tomámos o pequeno-almoço, com o sol a fazer franzir o sobrolho ensonado, na mesma rua onde tínhamos jantado. No único estabelecimento aberto, ou melhor, que estava a abrir quando lá chegámos. E lá nos fizemos ao caminho.
A estrada continuava monótona e escaldante. Não apetecia nem luvas nem casaco e as viseiras seguiam abertas para sentir o ar. Os casacos pouco apertados, no limiar de ser apenas o necessário para os prender a nós. Por muita falta de vontade que tínhamos de os levar vestidos, a segurança falou mais alto!
E quilómetros e mais quilómetros de calor e abastecimentos mais ou menos regulares foram-se sucedendo e nem a estrada dos duros nos animou!
É assim chamado o troço da N-11 quando a A-2 (gratuita) passa a AP-2 (paga), perto de Saragoça, o que leva a que muitos condutores, principalmente de pesados e outros veículos lentos, se desviem para esta, para continuarem o percurso sem pagar. Mais à frente, cerca de 123 quilómetros depois de uma paisagem lunar, árida e seca, praticamente sem cruzar localidades, a N-11 encontra novamente a A-2, perto de Fraga.
Como já tínhamos passado por aqui noutras viagens e apanhámos uma fila contínua de pesados, pensámos que iriamos encontrar mais ou menos este cenário, sentindo-nos ainda mais pequenos do que já nos sentíamos ao circular naquelas estradas rectas, entre intermináveis planícies tórridas, a perder de vista. Mas, apesar do movimento ser bastante elevado, conseguimos quase sempre ultrapassagens seguras e ponderadas e continuar o nosso caminho por entre olhares admirados e sinais sonoros de regozijo, dos camionistas. Também eles, ao verem-nos passar, estavam a interromper a sua monotonia.
Chegados novamente à A-2 praticamente nos sentíamos em Barcelona, apesar dos ainda cerca de 200 quilómetros a percorrer.
E a Barcelona chegámos na hora de ponta de uma sexta-feira; mega caos! À medida que nos aproximávamos, íamos sentido mais o aumento de tráfego até que o tráfego se transformou em filas de trânsito compactas e tivemos que passar das faixas para o meio das mesmas, serpenteando, como os locais conduzindo maioritáriamente scooters, com as nossas Vespas pelo meio das filas de carros.
Sem saber muito bem onde era exactamente o local que tínhamos agendado pelo airbnb, num plano de contingencia porque à última da hora a anterior reserva que tinhamos feito, cancelou, optámos por seguir para a Avenida Diagonal e encostar numa sombra. No pára arranca e no circular a velocidades mais reduzidas ainda se sentia mais o calor sufocante e, nós e as Vespas, já precisávamos de uma pausa para repor a temperatura o mais baixo possível.
Com a ajuda do MeoDrive - um simpático patrocínio da Meo que muito nos auxiliou nesta viagem e que teremos oportunidade de falar ao longo deste relatos mais pormenorizadamente - lá chegámos ao destino. Uma zona de Barcelona repleta de imigrantes.
Telefonamos para o contacto a lá nos apareceu um emigrante que praticamente não falava Espanhol. Línguas estrangeiras só Francês aparentemente. Alguns gestos, poucas palavras e vários acenos de cabeça depois lá nos fizemos entender. Era para esperarmos que já lá vinha alguém...
Lá chegou o "chefe" e com este já nos conseguimos entender. Dois de nós foram ver o apartamento, num prédio cheio de imigrantes do magrebinos, chineses, indianos, com pequenos apartamentos feitos da divisão de uma área maior, num andar elevado e sem elevador. Ao entrarem encontraram quatro pessoas descontraidamente a ver televisão e a comer amendoins, cascas pelo chão, deitados em cima das camas. Descalços, claro, um bom costume muçulmano. Percebemos serem conhecidos "do chefe" que os mandou sair. Saíram e levaram a televisão. E "o chefe" achou que estava tudo em condições, entregou-nos a chave e fez tenções de ir embora. "Oh chefe e acha que isto está em condições?" Camas desarrumadas e cascas pelo chão?
Woooouuuh wooouuh! Já deixámos Espanha para trás.
Desceram e "o chefe" foi falar com o primeiro emigrante que ficou de ter tudo limpo e mudado dali a uma hora. E os de nós que tinham ido ver o apartamento, contaram aos que ficaram o que se passava. Rimos todos, afinal o barato tinha que ter algo. Mas para nós, depois de limpo e camas mudadas, ficou perfeito!
E concordamos todos, enquanto esperávamos pela limpeza, ir para um tasco, também ele de um emigrante, mesmo em frente do prédio que nos iria acolher, beber umas jolas geladinhas. Espanha estava passada, brindámos a isso!
A noite foi gasta a andar sem destino ou sentido definidos por Barcelona. Amanhã teríamos o dia todo livre – o ferry para Savona era só às 23:55 – e não valia a pena avançar muito pela noite dentro para visitarmos alguns sítios icónicos desta cidade. Ainda assim não conseguimos recolher muito cedo. Afinal quase todos nós só tínhamos estado em Barcelona de passagem e Barcelona é Barcelona.
O "condomínio" de imigrantes estava calmo à nossa chegada...
Foi este sensívelmente o nosso percurso no segundo dia de viagem.
Cerca de 550 Km percorridos.
quarta-feira, 4 de novembro de 2015
Vespa Raid Maroc, 2015
Já foram dar um olhinho às fotos e vídeos do Vespa Raid Maroc deste ano? Não!!? Como não?
Por sí só bastava uma visita para fazer qualquer um de nós se roer de inveja mas, ainda por cima, tem a participação de dois amigos portugueses: Vasco Rodrigues e Pedro Oliveira, da equipa Vasco's Garage.
É obrigatório seguir diáriamente!
http://www.vesparaidmaroc.com/
http://www.facebook.com/Vespa-Raid-Maroc-222372851178457
Por sí só bastava uma visita para fazer qualquer um de nós se roer de inveja mas, ainda por cima, tem a participação de dois amigos portugueses: Vasco Rodrigues e Pedro Oliveira, da equipa Vasco's Garage.
É obrigatório seguir diáriamente!
http://www.vesparaidmaroc.com/
http://www.facebook.com/Vespa-Raid-Maroc-222372851178457
terça-feira, 27 de outubro de 2015
O primeiro - From Lisbon to Croatia - posta 3
E finalmente chegou o primeiro dia de estrada!
A saída foi cedo. Lembro-me que me levantei ainda mais cedo do que se fosse para ir trabalhar, depois de na véspera ter estado, também até mais tarde, a preparar as coisas, já deixando o mais possível pronto para ser só agarrar e ir. Era o nervoso miudinho!
A A33, como geralmente oiço de manhã na rádio mas ignoro porque não me afecta, estava congestionada a partir do Barreiro mas até aí a Vespa estava a andar com o demo lá dentro - ou então era já o meu conta-quilómetros a começar a se desintegrar pois ia desembestado a uns 130km/h.
E lá cheguei à Atalaia onde era o ponto de encontro. Espero na rotunda... espero... espero... telefono mas ninguém me atende... Até que aparece um funcionário da Câmara Municipal daquela zona e me diz "Também vais para a concentração? Onde é que é?" E fiquei duplamente alerta; também vou?! Onde é que é?!! E lá lhe respondi que íamos até à Croácia e que estava à espera dos restantes três. Ao que ele retorquiu com indiferença, à primeira parte – ou não fazendo ideia de onde era a Croácia ou pensando que estava a gozar com ele ou achando perfeitamente normal a Vespa lá chegar – e retorquindo à segunda. Disse-me que eles já tinham passado, sim eram três e eram duas motas vermelhas e uma escura. Raios, correspondia à descrição. Achei estranho mas tinha-me atrasado um pouco no trânsito... iam parar mais à frente, pensei.
Agradeci, desejou-me boa viagem, obrigado, obrigado e vá de enroscar punho.
Já ia no Passil quando sinto o telefone a vibrar. Páro de imediato na berma e era o Kes. "Então pá já foste andando? Estamos aqui, em frente à igreja da Atalaia que é fixe para tirarmos um fotos e tal". E lá vou eu para trás.
E lá estavam eles e as Vespas e os amigos da ArPlano. Tinham-me visto e pensavam que eu também os tinha visto. Contei-lhes a história do tipo da Câmara Municipal. Sorrisos durante e risos intensos no final da história.
Lá combinámos as coisas, depois de tiramos umas fotos. Os moços da ArPlano iam fazer ainda um pequeno filme da despedida de Portugal – nesse dia já iriamos chegar à Guadalajara – de carro e com um drone. Nós avançávamos, aproveitando a estrada mais ou menos direita que se seguia, devagar, e eles iam-nos ultrapassando e depois nós a eles e nós a eles de seguida, numa primeira fase. Depois parávamos e lá entrava o drone em serviço. E ficou altamente!
Mas com tudo isto eram 11 horas e nós só ainda perto de Pegões! Tínhamos que seguir e também o material que já tinham já chegava para uma coisa engraçada.
É agora. Despedidas feitos, foi o verdadeiro início da viagem, a fazer quilómetros para sair de portugal e atravessar a primeira metade de Espanha mais um bocadinho, o mais rápido possível.
E esta parte da história, é a história conhecida de quem já atravessou Espanha, directo a Madrid. Praticamente deserto, só autoestrada, só parando para abastecer e comer qualquer coisa nas áreas de serviço e quilómetros e mais quilómetros e muito, muito calor. Claro que Espanha não só disto. Saindo para estradas nacionais e / ou regionais é quase tudo diferente – o calor mantem-se! – e encontramos sempre pessoas e terras simpáticas. Mas o muito que ainda tínhamos que andar, não nos permitiam ir, para nós, pelos melhores caminhos. Infelizmente.
Mas há um ponto que se tem tornado obrigatório parar; Trujillo. Para celebrar com um tinto de verano bem gelado que os trinta e muitos graus que estavam a isso obrigavam. Nos casacos pretos o sol até queimava e, mesmo com eles só presos nas molas e de fechos abertos, o ar era bafo! E depois estivemos à sombra a colar mais uns autocolantes de patrocionadores e deu a moleza e arrancar custou bastante.
Mais autoestrada, mais calor, mais quilómetros. Recta. Monotonia. Som dos motores das Vespas. Quebrados apenas por um ou outro carro que passava e por uma ultrapassagem empranchados aos camiões. Sempre a prego! Chegámos aos arredores de Madrid. À radial M-50. Aquilo é uma confusão e um caos e atravessámo-la quase na hora de ponta. Tirando um ou outro acelera todos se respeitam e a coisa lá acaba por fluir sem grandes incidentes por entre carros e camiões e trabalhadores mais ou menos ansiosos por chegar a casa. Coisa digna de registo é que acertámos no caminho à primeira – aqui louros ao Emanuel porque viu os mapas e o Meodrive, memorizou tudo e não tivemos que fazer a radial toda novamente para voltar à casa de partida, fazendo os 80 quilómetros do total desta.
Agora só faltavam uns cento e poucos quilómetros até Guadalajara onde tínhamos já reservado alojamento. E já nos tinham telefonado para fazermos uma estimativa da hora de chegada. Hora de chegada? Devolvemos a chamada. "Diz-lhe que estamos de Vespa." E o Rui disse mas ficámos com a sensação que não perceberam nada. Vespa?!! Péksis! No? Arrancámos.
Quando chegamos a Guadalajara tivemos que andar à procura do hostel. Pela morada ninguém nos sabia dizer ao certo onde era – uns diziam que era ao pé do hospital, outros outra coisa completamente diferente e para o lado aposto – e a hora também já era avançada, não se vi muita gente, naquela quinta-feira à noite. Uma consulta ao MeoDrive que nos indicava o sítio certo que era por ali, virar acoli e tornar à esquerda acolá mas não nos parecia nada. Mas era mesmo! E quando chegámos de Vespa, a rapariga que nos recebeu ficou surpreendida. Não tinha mesmo percebido nada. "Sim, sim, vimos de Portugal e vamos para a Croácia", foi primeira de muitas vezes e linguas em que tentámos repetir isto!
Guiou-nos ao quarto, quatro camas com WC, impecável e perguntámos onde é que podíamos comer. Disse-nos que aquela hora era difícil, que o hostel tinha restaurante mas que, ou ia fechar em breve ou já tinha fechado. Foi ver. Ainda dava para lá ir. E fomos. Saem quatro hambúrguers cheios de molhos e batatas fritas e salada, acompanhados com quatro cañas geladinhas. Soube-nos maravilhosamente bem, depois de todos os quilómetros feitos!
Foi comer e ir dormir que amanhã era outro dia e tínhamos que começar cedo. Senão ia ser como este dia, sair tarde é chegar tarde e de noite os quilómetros custam mais. Bom neste caso até não que de noite sempre estavam uns vinte graus muito melhor do que os quase quarenta que apanhámos na torreira do sol, a meio de Espanha.
Foi este sensívelmente o nosso percurso no primeiro dia.
660 Km percorridos.
Um dos dois dias que Espanha iria consumir na ida, estava terminado sem percalços de maior mas também sem grande histórias.
A saída foi cedo. Lembro-me que me levantei ainda mais cedo do que se fosse para ir trabalhar, depois de na véspera ter estado, também até mais tarde, a preparar as coisas, já deixando o mais possível pronto para ser só agarrar e ir. Era o nervoso miudinho!
A A33, como geralmente oiço de manhã na rádio mas ignoro porque não me afecta, estava congestionada a partir do Barreiro mas até aí a Vespa estava a andar com o demo lá dentro - ou então era já o meu conta-quilómetros a começar a se desintegrar pois ia desembestado a uns 130km/h.
E lá cheguei à Atalaia onde era o ponto de encontro. Espero na rotunda... espero... espero... telefono mas ninguém me atende... Até que aparece um funcionário da Câmara Municipal daquela zona e me diz "Também vais para a concentração? Onde é que é?" E fiquei duplamente alerta; também vou?! Onde é que é?!! E lá lhe respondi que íamos até à Croácia e que estava à espera dos restantes três. Ao que ele retorquiu com indiferença, à primeira parte – ou não fazendo ideia de onde era a Croácia ou pensando que estava a gozar com ele ou achando perfeitamente normal a Vespa lá chegar – e retorquindo à segunda. Disse-me que eles já tinham passado, sim eram três e eram duas motas vermelhas e uma escura. Raios, correspondia à descrição. Achei estranho mas tinha-me atrasado um pouco no trânsito... iam parar mais à frente, pensei.
Agradeci, desejou-me boa viagem, obrigado, obrigado e vá de enroscar punho.
Já ia no Passil quando sinto o telefone a vibrar. Páro de imediato na berma e era o Kes. "Então pá já foste andando? Estamos aqui, em frente à igreja da Atalaia que é fixe para tirarmos um fotos e tal". E lá vou eu para trás.
E lá estavam eles e as Vespas e os amigos da ArPlano. Tinham-me visto e pensavam que eu também os tinha visto. Contei-lhes a história do tipo da Câmara Municipal. Sorrisos durante e risos intensos no final da história.
Lá combinámos as coisas, depois de tiramos umas fotos. Os moços da ArPlano iam fazer ainda um pequeno filme da despedida de Portugal – nesse dia já iriamos chegar à Guadalajara – de carro e com um drone. Nós avançávamos, aproveitando a estrada mais ou menos direita que se seguia, devagar, e eles iam-nos ultrapassando e depois nós a eles e nós a eles de seguida, numa primeira fase. Depois parávamos e lá entrava o drone em serviço. E ficou altamente!
Mas com tudo isto eram 11 horas e nós só ainda perto de Pegões! Tínhamos que seguir e também o material que já tinham já chegava para uma coisa engraçada.
É agora. Despedidas feitos, foi o verdadeiro início da viagem, a fazer quilómetros para sair de portugal e atravessar a primeira metade de Espanha mais um bocadinho, o mais rápido possível.
E esta parte da história, é a história conhecida de quem já atravessou Espanha, directo a Madrid. Praticamente deserto, só autoestrada, só parando para abastecer e comer qualquer coisa nas áreas de serviço e quilómetros e mais quilómetros e muito, muito calor. Claro que Espanha não só disto. Saindo para estradas nacionais e / ou regionais é quase tudo diferente – o calor mantem-se! – e encontramos sempre pessoas e terras simpáticas. Mas o muito que ainda tínhamos que andar, não nos permitiam ir, para nós, pelos melhores caminhos. Infelizmente.
Mas há um ponto que se tem tornado obrigatório parar; Trujillo. Para celebrar com um tinto de verano bem gelado que os trinta e muitos graus que estavam a isso obrigavam. Nos casacos pretos o sol até queimava e, mesmo com eles só presos nas molas e de fechos abertos, o ar era bafo! E depois estivemos à sombra a colar mais uns autocolantes de patrocionadores e deu a moleza e arrancar custou bastante.
Mais autoestrada, mais calor, mais quilómetros. Recta. Monotonia. Som dos motores das Vespas. Quebrados apenas por um ou outro carro que passava e por uma ultrapassagem empranchados aos camiões. Sempre a prego! Chegámos aos arredores de Madrid. À radial M-50. Aquilo é uma confusão e um caos e atravessámo-la quase na hora de ponta. Tirando um ou outro acelera todos se respeitam e a coisa lá acaba por fluir sem grandes incidentes por entre carros e camiões e trabalhadores mais ou menos ansiosos por chegar a casa. Coisa digna de registo é que acertámos no caminho à primeira – aqui louros ao Emanuel porque viu os mapas e o Meodrive, memorizou tudo e não tivemos que fazer a radial toda novamente para voltar à casa de partida, fazendo os 80 quilómetros do total desta.
Agora só faltavam uns cento e poucos quilómetros até Guadalajara onde tínhamos já reservado alojamento. E já nos tinham telefonado para fazermos uma estimativa da hora de chegada. Hora de chegada? Devolvemos a chamada. "Diz-lhe que estamos de Vespa." E o Rui disse mas ficámos com a sensação que não perceberam nada. Vespa?!! Péksis! No? Arrancámos.
Quando chegamos a Guadalajara tivemos que andar à procura do hostel. Pela morada ninguém nos sabia dizer ao certo onde era – uns diziam que era ao pé do hospital, outros outra coisa completamente diferente e para o lado aposto – e a hora também já era avançada, não se vi muita gente, naquela quinta-feira à noite. Uma consulta ao MeoDrive que nos indicava o sítio certo que era por ali, virar acoli e tornar à esquerda acolá mas não nos parecia nada. Mas era mesmo! E quando chegámos de Vespa, a rapariga que nos recebeu ficou surpreendida. Não tinha mesmo percebido nada. "Sim, sim, vimos de Portugal e vamos para a Croácia", foi primeira de muitas vezes e linguas em que tentámos repetir isto!
Guiou-nos ao quarto, quatro camas com WC, impecável e perguntámos onde é que podíamos comer. Disse-nos que aquela hora era difícil, que o hostel tinha restaurante mas que, ou ia fechar em breve ou já tinha fechado. Foi ver. Ainda dava para lá ir. E fomos. Saem quatro hambúrguers cheios de molhos e batatas fritas e salada, acompanhados com quatro cañas geladinhas. Soube-nos maravilhosamente bem, depois de todos os quilómetros feitos!
Foi comer e ir dormir que amanhã era outro dia e tínhamos que começar cedo. Senão ia ser como este dia, sair tarde é chegar tarde e de noite os quilómetros custam mais. Bom neste caso até não que de noite sempre estavam uns vinte graus muito melhor do que os quase quarenta que apanhámos na torreira do sol, a meio de Espanha.
Foi este sensívelmente o nosso percurso no primeiro dia.
660 Km percorridos.
Um dos dois dias que Espanha iria consumir na ida, estava terminado sem percalços de maior mas também sem grande histórias.
quinta-feira, 8 de outubro de 2015
quinta-feira, 24 de setembro de 2015
Os pré-parativos - From Lisbon to Croatia - posta 2
Começa a ser hábito as viagens começarem mais ou menos. É assim mesmo mais ou menos. Começam por uma conversa de que seria engraçado, a coisa fica em hibernação e de repente retorna, cresce, de intenção passa a palpitação, começam-se a delinear coisas, a ter ideias... E, esta não foi excepção.
Desde que soube que o Vespa World Days (VWD) em 2015 ia ser na Croácia que comecei a tentar desencaminhar - que convencer nunca é preciso para viagens de Vespa - alguns dos suspeitos do costume e que em 2010 já me tinham acompanhado até aos Balcãs, noutras motos e que tentámos relatar, sem grande sucesso ou empenho, no blog que fizemos na altura: http://sigaparaosbalcas.blogspot.pt/.
E começam a surgir os primeiros... senões: ah repetir o destino, ah mas era fixe ir de Vespa, ah mas de Vespa é lixado, demora-se muito mais... ah que se lixe!
O Pedro “42” Ferreira não conseguiu, o Manel “Mago” das Vespas alinhou e juntámos as nossas às vontades do Rui “Gadgets” Simões e do Tiago “Kes” Soares. E a coisa foi crescendo, muito por empenho do Kes que criou um nome, From Lisbon to Croatia e lhe deu também um sabor internacional. Criou uma página no Facebook (que está disponível através do http://www.facebook.com/lisbontocroatia/), pediu patrocínios, divulgou em páginas, grupos, vespa clubes e outras, etc. E não posso esquecer, por justiça, o Gadgets que foi o responsável pela maior parte dos conteúdos multimédia teaser que entretanto foram criados antes da viagem.
O Mago (e o 42) já tinha ido até Itália em 2006, ao Eurovespa em Turim mas os restantes nunca tinham saído de Espanha de Vespa, percurso que se tornou anual numa das obrigatórias idas às Vespaniadas. Mais um novo desafio, mais uma nova fronteira que todos queríamos quebrar. E claro que rolar de Vespa na terra natal da Vespa, ir mais além, tudo isso, como se fosse ainda preciso, nos incentivou mais em empreender esta viagem.
O resto foi mais ou menos como já estamos habituados; ainda falta tanto tempo e agora já não falta tempo quase nenhum e ainda tenho que arrumar isto, reparar aquilo, rever não sei o quê.
E foi mais ou menos assim que começou a aventura. Num repent!
E, quando demos por nós, estávamos no dia da partida, o primeiro. O primeiro da viagem, o primeiro dos dois que precisaríamos para atravessar Espanha, mas isso contaremos no próximo post, num ciclo de histórias mensal em que partilharemos o dia-a-dia desta viagem. Isto se entretanto não suceder de outra maneira...
Desde que soube que o Vespa World Days (VWD) em 2015 ia ser na Croácia que comecei a tentar desencaminhar - que convencer nunca é preciso para viagens de Vespa - alguns dos suspeitos do costume e que em 2010 já me tinham acompanhado até aos Balcãs, noutras motos e que tentámos relatar, sem grande sucesso ou empenho, no blog que fizemos na altura: http://sigaparaosbalcas.blogspot.pt/.
E começam a surgir os primeiros... senões: ah repetir o destino, ah mas era fixe ir de Vespa, ah mas de Vespa é lixado, demora-se muito mais... ah que se lixe!
O Pedro “42” Ferreira não conseguiu, o Manel “Mago” das Vespas alinhou e juntámos as nossas às vontades do Rui “Gadgets” Simões e do Tiago “Kes” Soares. E a coisa foi crescendo, muito por empenho do Kes que criou um nome, From Lisbon to Croatia e lhe deu também um sabor internacional. Criou uma página no Facebook (que está disponível através do http://www.facebook.com/lisbontocroatia/), pediu patrocínios, divulgou em páginas, grupos, vespa clubes e outras, etc. E não posso esquecer, por justiça, o Gadgets que foi o responsável pela maior parte dos conteúdos multimédia teaser que entretanto foram criados antes da viagem.
O Mago (e o 42) já tinha ido até Itália em 2006, ao Eurovespa em Turim mas os restantes nunca tinham saído de Espanha de Vespa, percurso que se tornou anual numa das obrigatórias idas às Vespaniadas. Mais um novo desafio, mais uma nova fronteira que todos queríamos quebrar. E claro que rolar de Vespa na terra natal da Vespa, ir mais além, tudo isso, como se fosse ainda preciso, nos incentivou mais em empreender esta viagem.
O resto foi mais ou menos como já estamos habituados; ainda falta tanto tempo e agora já não falta tempo quase nenhum e ainda tenho que arrumar isto, reparar aquilo, rever não sei o quê.
E foi mais ou menos assim que começou a aventura. Num repent!
E, quando demos por nós, estávamos no dia da partida, o primeiro. O primeiro da viagem, o primeiro dos dois que precisaríamos para atravessar Espanha, mas isso contaremos no próximo post, num ciclo de histórias mensal em que partilharemos o dia-a-dia desta viagem. Isto se entretanto não suceder de outra maneira...
quinta-feira, 17 de setembro de 2015
A idade não perdoa - main actor down
Fica para a posteridade a quilometragem alcançada pelo mesmo motor, original, sem qualquer intervenção de maior que justificasse a abertura do mesmo. E não, não são trinta e cinco mil e mais trocos, são cento e trinta e cinco mil novecentos e quinze (135915).
Mudaram-se quatro embraiagens - a última das quais devido à participação no Lisbon to Croatia em que já se ouvia um barulhinho - foram necessárias três rectificações, uma touca de cilindro, uma bobine de altas, um pickup, uma ficha eléctrica que derreteu e mais nada.
E não, nunca não parou! O barulho que saía do motor é que já me afligia bastante e encontrou-se, para já, um desgaste no olhal superior da biela que ficou com um engraçado padrão tipo escada. E já se sabe que os rolamentos não gostam de rodar em locais que não sejam perfeitamente redondos.
Ora, se a biela tem que sair fora, a cambota vem atrás e coiso... motor aberto!
quarta-feira, 12 de agosto de 2015
sexta-feira, 24 de julho de 2015
A idade não perdoa #1
Além de outros pontos que têm acusado algum do desgaste dos doze anos de PX200 e dos cerca de cento e trinta e cinco mil quilómetros, o conta desses mesmos é o que se tem queixado mais.
E tem sido isto desde dois mil e treze: abre, desmonta, solda, rectifica, lubrifica, fecha, monta...
Da última vez ficou a marcar menos uns 20 km/h do que devia. De outras batia no fundo. Mas em todas elas sempre continuou a registar as distâncias correctamente (ou pelo menos com a mesma margem de erro que sempre teve).
Desta última foi a vez que resistiu mais no tempo. Já foi à Croácia e veio e ainda continua a marcar ao final dos seis mil quilómetros percorridos desde então.
Continuarei a resistir à compra de um novo*, até porque d'orige é d'orige!
Será que temos próximos episódios?
E tem sido isto desde dois mil e treze: abre, desmonta, solda, rectifica, lubrifica, fecha, monta...
Da última vez ficou a marcar menos uns 20 km/h do que devia. De outras batia no fundo. Mas em todas elas sempre continuou a registar as distâncias correctamente (ou pelo menos com a mesma margem de erro que sempre teve).
Desta última foi a vez que resistiu mais no tempo. Já foi à Croácia e veio e ainda continua a marcar ao final dos seis mil quilómetros percorridos desde então.
Continuarei a resistir à compra de um novo*, até porque d'orige é d'orige!
Será que temos próximos episódios?
* no entanto se alguém tiver um e que não precise, que me diga. Agradecido.
segunda-feira, 29 de junho de 2015
From Lisbon to Croatia - posta 1
E fomos.
E viemos.
E tirámos fotos.
E fizemos vídeos.
E seguiram-nos no Facebook.
E partilharam as nossas fotos e vídeos.
E porque esta foi a mais vista e a mais partilhada.
As histórias, a seguir.
E viemos.
E tirámos fotos.
E fizemos vídeos.
E seguiram-nos no Facebook.
E partilharam as nossas fotos e vídeos.
E porque esta foi a mais vista e a mais partilhada.
As histórias, a seguir.
quarta-feira, 27 de maio de 2015
Vespa Primavera Fest, 2015
E depois das fortes emoções da Prova do Litro, veio o jantar. E depois do jantar veio o (espera-se, o primeiro de muitos) Vespa Primavera Fest.
Ficaram em casa, nem sabem o que perderam!
Ficaram em casa, nem sabem o que perderam!
terça-feira, 26 de maio de 2015
Prova do Litro, 2015
A Prova do Litro já é um evento que pessoalmente gosto bastante. E esta Prova do Litro ainda teve mais sabor. Realizou-se nos antigos estaleiros da Lisnave - Margueira, em Cacilhas o que já de si era suficiente mas, para mim, é um espaço do qual eu ouvi tantas histórias durante os trinta anos que o meu Pai lá trabalhou. Primeiro como soldador, depois como projectista. Histórias de camaradagem, histórias de trabalho, histórias menos boas mas sempre com o brilho nos olhos de quem vestia a camisola e sentia o que fazia e o sítio onde estava. E eu não pude deixar de construir a minha Lisnave que nestes tantos anos apenas consegui ver de fora do portão que me bloqueava o acesso a esse mundo maravilhoso de imaginário de criança.
É certo que a Lisnave desses tempos não é a Lisnave dos nossos dias e que me assaltou um misto de tristeza, por ver que o que resta daquele meu mundo sempre resplandecente e a fervilhar, está hoje abandonado, vazio e triste mas, ao mesmo tempo, alegria porque finalmente estava ali, da parte de dentro do portão, com amigos, numa coisa que adoro a passar bons tempos que me obrigaram a apagar a mágoa. O resultado? Mais que positivo! Mágico quase!
E vêm os agradecimentos ao Vespa Clube de Lisboa. São da praxe sim, mas estes, por tudo o que escrevi antes, são mais sentidos que nunca. Aos meus bons amigos, aos amigos que vou fazendo e a outros que vou conhecendo, muito, muito obrigado!
É certo que a Lisnave desses tempos não é a Lisnave dos nossos dias e que me assaltou um misto de tristeza, por ver que o que resta daquele meu mundo sempre resplandecente e a fervilhar, está hoje abandonado, vazio e triste mas, ao mesmo tempo, alegria porque finalmente estava ali, da parte de dentro do portão, com amigos, numa coisa que adoro a passar bons tempos que me obrigaram a apagar a mágoa. O resultado? Mais que positivo! Mágico quase!
E vêm os agradecimentos ao Vespa Clube de Lisboa. São da praxe sim, mas estes, por tudo o que escrevi antes, são mais sentidos que nunca. Aos meus bons amigos, aos amigos que vou fazendo e a outros que vou conhecendo, muito, muito obrigado!
quarta-feira, 22 de abril de 2015
Mega evento vespista, dois em um: Prova do litro e Vespa Primavera Fest
Este não podes faltar!
Se és da grande Lisboa, não tens desculpa! Mas se és de outro qualquer ponto de Portugal, também é fraca a desculpa de que é de longe e tal; até Almada é um tirinho de Vespa qualquer que seja a cidade, vila ou aldeia.
E os locais são míticos!
A Lisnave representa todo um legado industrial português e no local ainda se pode sentir toda a magnitude do que foi este estaleiro naval. Nada melhor do que misturar tudo com uma Prova do Litro.
A Incrível Almadense é um marco cultural incontornável, onde foram realizados concertos memoráveis e que serviu de incubadora a muitas bandas portuguesas, a mais conhecida talvez os UHF. Se a isto se juntar os confirmados Funil&Abelhinha e os emergentes Os Magnéticos e DeadPigeon, a história será reescrita.
Vê mais informações em: http://www.vespaclubelisboa.pt/News/article.html?sid=187
terça-feira, 24 de março de 2015
APEs ao serviço de negócios
Por cá não gostamos de Tuk-tuk. Mas pela anarquia que se instalou à volta deste negócio para estrangeiros. E pela quantidade desmesurada que este fenómeno tomou. Basta irem ao centro de Lisboa - graças que ainda temos apenas esta pandemia em Lisboa - e seguirem para Alfama, baixa e bairros histórios. Very tipical, they said!
Mas gostamos de ver os APE empregados em negócios. E por esse motivo aqui estão dois deles, um mais recente, Pão à antiga e já não tão recente mas feito por portugueses em terras de Sua Magestade, Nata28.
Se um é bom o outro é excelente. E bons exemplos para quem quer empreender no negócio do turismo e não imitar apenas as centenas de Tuk-tuk que se movem por Lisboa à caça do turista saloio, parando e atrapalhando a eito, sem consideração por nada nem ninguém: o primeiro a chegar "ganha" o turista e umas selfie com loiras nórdicas que elogiaram o sol, os homens e a hospitalidade portuguesas.
Ide rolar!
Pão à antiga
Mas gostamos de ver os APE empregados em negócios. E por esse motivo aqui estão dois deles, um mais recente, Pão à antiga e já não tão recente mas feito por portugueses em terras de Sua Magestade, Nata28.
Nata 28
Se um é bom o outro é excelente. E bons exemplos para quem quer empreender no negócio do turismo e não imitar apenas as centenas de Tuk-tuk que se movem por Lisboa à caça do turista saloio, parando e atrapalhando a eito, sem consideração por nada nem ninguém: o primeiro a chegar "ganha" o turista e umas selfie com loiras nórdicas que elogiaram o sol, os homens e a hospitalidade portuguesas.
Ide rolar!
quinta-feira, 5 de março de 2015
Catálogo do Lidl, ou a romaria do pessoal das motas
A lua estava linda hoje, não acharam?
Ah mas não era disto que vos ia falar mas sim do novo catálogo do Lidl que envolve apetrechos, roupa e tudo o mais que possa envolver veículos de duas rodas e seus condutores.
Como estava a precisar de umas luvas que as anteriores igualmente do Lidl já estão despremeabilizadas (será que esta palavra existe?) por 18€ vieram umas irmãs.
E já por lá andava uma legião de pessoas a rebuscar tudo, ver capacetes, remexer nas luvas experimentando e revolvendo o que ainda estava arrumadinho com o abrir da loja. Alguns duvido que tivessem mota. A grande maioria saiu de mãos a abanar mas eu e um senhor orgulhoso do seu capacete de casco de plástico "enfeiramos" e ficamos satisfeitos. Talvez ele ache que o capacte é bom, tal como eu acho que as luvas são aceitáveis para o preço delas.
Mas acontece-me um pormenor curioso nas luvas. Rasgam sempre entre os dedos indicador e médio (estas acabaram por ser rasgar também de lado, no indicador). Será pelo movimento de "enrolar punho"?
Acabei por trazer, desta vez, o tamanho acima para ver...
Ah mas não era disto que vos ia falar mas sim do novo catálogo do Lidl que envolve apetrechos, roupa e tudo o mais que possa envolver veículos de duas rodas e seus condutores.
Como estava a precisar de umas luvas que as anteriores igualmente do Lidl já estão despremeabilizadas (será que esta palavra existe?) por 18€ vieram umas irmãs.
E já por lá andava uma legião de pessoas a rebuscar tudo, ver capacetes, remexer nas luvas experimentando e revolvendo o que ainda estava arrumadinho com o abrir da loja. Alguns duvido que tivessem mota. A grande maioria saiu de mãos a abanar mas eu e um senhor orgulhoso do seu capacete de casco de plástico "enfeiramos" e ficamos satisfeitos. Talvez ele ache que o capacte é bom, tal como eu acho que as luvas são aceitáveis para o preço delas.
Mas acontece-me um pormenor curioso nas luvas. Rasgam sempre entre os dedos indicador e médio (estas acabaram por ser rasgar também de lado, no indicador). Será pelo movimento de "enrolar punho"?
Acabei por trazer, desta vez, o tamanho acima para ver...
segunda-feira, 26 de janeiro de 2015
From Lisbon to Croatia
Há coisas que não mudam. Podem tardar, podem-se "esquecer",
pode-se resistir a elas mas não mudam. E por aqui os passeios loooongos de
Vespa estão incluídos nesta categoria.
Muitos começam por a utilizar no dia-a-dia e outros tantos não passam daí. Outros alargam-se até umas dúzias de quilómetros, alguns arriscam um pouco mais. E depois, sobe-se a outro nível; arriscam-se as centenas, passam para milhares... E o céu fica o limite!
Sentem-se falta dos quilómetros e dos momentos, do som do motor, do cheio a 2T, da sensação de ter a memória cheia de fotografias de locais ainda mais inesquecíveis por terem sido feitos de Vespa, das avarias, das pessoas que se encontram, dos amigos que se fizeram, das mudanças de planos por isto ou aquilo, das alterações de percurso porque ali falaram-nos em tal coisa e merece ser vista ou porque simplesmente estamos sem tempo...
Tudo começou por Portugal afora. Primeiro de 50S, no dia-a-dia, depois uma pequena viagem até Alcanena. Seguiram-se as "Vespas grandes" e de Lisboa partiu-se para o norte, centro e sul, sempre com destino a algumas concentrações - gosto mais da palavra eventos - e passeios combinados com amigos. Em 2007 experimentou-se Espanha, Toledo. Repetiu-se mais e mais longe, anualmente, 600, 800, 1600 quilómetros percorridos.
E parou!
A vida muda e todos nós acabamos por nos adaptar a ela. Mas não mudamos. As pessoas são sempre as mesmas. Podem-se afastar disto ou daquilo, colocar no inconsciente este ou aquele prazer que se "esquece". Mas com o tempo e a oportunidade tudo volta.
E voltaram as viagens de Vespa. Desta feita From Lisbon to Croatia.
Acompanhem-nos!
P.S. - como é a primeira posta do ano é imperativo desejar-vos um Excelente 2015, cheio de passeios e Vespa!
Muitos começam por a utilizar no dia-a-dia e outros tantos não passam daí. Outros alargam-se até umas dúzias de quilómetros, alguns arriscam um pouco mais. E depois, sobe-se a outro nível; arriscam-se as centenas, passam para milhares... E o céu fica o limite!
Sentem-se falta dos quilómetros e dos momentos, do som do motor, do cheio a 2T, da sensação de ter a memória cheia de fotografias de locais ainda mais inesquecíveis por terem sido feitos de Vespa, das avarias, das pessoas que se encontram, dos amigos que se fizeram, das mudanças de planos por isto ou aquilo, das alterações de percurso porque ali falaram-nos em tal coisa e merece ser vista ou porque simplesmente estamos sem tempo...
Tudo começou por Portugal afora. Primeiro de 50S, no dia-a-dia, depois uma pequena viagem até Alcanena. Seguiram-se as "Vespas grandes" e de Lisboa partiu-se para o norte, centro e sul, sempre com destino a algumas concentrações - gosto mais da palavra eventos - e passeios combinados com amigos. Em 2007 experimentou-se Espanha, Toledo. Repetiu-se mais e mais longe, anualmente, 600, 800, 1600 quilómetros percorridos.
E parou!
A vida muda e todos nós acabamos por nos adaptar a ela. Mas não mudamos. As pessoas são sempre as mesmas. Podem-se afastar disto ou daquilo, colocar no inconsciente este ou aquele prazer que se "esquece". Mas com o tempo e a oportunidade tudo volta.
E voltaram as viagens de Vespa. Desta feita From Lisbon to Croatia.
Acompanhem-nos!
P.S. - como é a primeira posta do ano é imperativo desejar-vos um Excelente 2015, cheio de passeios e Vespa!
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